Feliz Ano Novo!
Mais um novo ano, mais uma meia-noite passada com os amigos, mais uma festa, mais uma lista de 12 desejos e outra de 12 resoluções, mais um almoço de família e uma ida à praia para ver o mar...
Como todas as pessoas da minha idade tive uma passagem de ano muito animada, fomos 15 pessoas para uma casa, tivemos um bom jantarinho que incluiu camarões, linguiça e chouriços, bacalhau com natas e imensas sobremesas. Claro que a festa se prolongou durante a noite, eu quando me fui deitar já eram 6h da manhã, mas houve quem ainda continuasse acordado cheio de energia.
Apesar de me ter deitado tarde e dormido mal (havendo poucas camas tem de se partilhar, só que eu mexo-me muito, coisa que não pude fazer) quando o meu despertador tocou ao meio-dia saí logo da cama, ainda arrumei a cozinha para não me ir embora sem ajudar, e lá vim para Lisboa com a minha mana. O nosso papi estava à nossa espera e mal o nosso irmão chegou arrancámos para o Banzão, para irmos ao almoço de aniversário da nossa mummy.
Comecei o meu ano a receber uma óptima notícia! A minha mãe quis mostrar-me o "livro" que os meus tios lhe tinham oferecido, era um cartão...ela abre e de um lado tinha uma ecografia e do outro uma pergunta «Tia Sofia queres ser minha madrinha?», claro que a minha reacção foi aquela de que todos estavam à espera: desatei a chorar. Não falei, não fiz uma cara espantada, nada, apenas chorei de felicidade...levantei-me da mesa e fui dar os parabéns aos meus tios.
A seguir a um belo almocinho feito pela avó cantámos os parabéns à minha mãe e fomos todos para a sala ver o filme dos «Smurfs» em família, soube-me mesmo bem estarmos ali todos, os 20, "ao monte", com o quentinho da lareira a apreciarmos um filme. Foi uma óptima forma de começar o ano.
Mas fiquei triste quando cheguei a Lisboa...à porta do nosso prédio estava um mendigo velhote, sentado no chão tapado com uma manta, a tocar harmónica...deu-me imensa pena... O meu irmão, que apesar de rebelde tem um grande coração, teve uma atitude generosa e foi dar-lhe uma moeda...eu também lhe dei todas as moedas que tinha na carteira (inflizmente não deviam perfazer nem 1€), ele agradeceu e desejou-me um bom ano...a minha mãe ao ver aquilo decidiu dar-lhe uma nota de 5€, fiquei esperançosa que assim ele já pudesse ter a primeira refeição do ano.
Subi só para ir buscar a Dharma e quando a fui passear reparei que ele já não estava sentado à porta do nosso prédio, mas avistei-o logo na rua para onde virei...lá estava ele a deambular, provavelmente sem destino...com um ar desamparado, perdido, abandonado... Apeteceu-me chorar ao pensar no dia que eu tinha dito e no dia que provavelmente ele teve sozinho na rua... Ao mesmo tempo fiquei curiosa para saber qual seria a sua história, como é que ele teria chegado a esta situação, que raio de obstáculos é que ele teria encontrado no seu caminho para acabar os seus dias assim... Faz-nos pensar, não faz?
Para não vos deixar apenas com pensamentos tristes deixo aqui uma mensagem de bom ano que recebi e gostei bastante: «O encanto da vida...depende unicamente das boas amizades que cultivamos...ser amigo não é coisa de um dia! São gestos, palavras, sentimentos e sobretudo actos que se solidifcam no tempo e jamais se apagam! Que sejas feliz a cada dia... Que possas sorrir sempre porque alguém vai precisar do teu sorriso... Que o teu coração seja povoado de bons sentimentos... Que cada pôr-do-sol leve contigo as desilusões do dia que passou... Que cada novo amanhecer seja sempre uma nova oportunidade de recomeçar... Que sejas feliz! Não só hoje, mas a VIDA INTEIRA! Feliz ano novo!»
Comentários
Obrigada pelo dia de ontem e por todos os que já vivemos juntas.
Espero um dia conseguir concretizar o que me escreveste na nossa fotografia em Itália;)
Agora vou fazer os scones que prometi para a pausa no teu estudo.
Vai escrevendo aqui... sou tua fã sempre à espera de novos textos