Doente, mas estudiosa
Nos últimos dias andei com algumas dores de garganta, mas não lhes dei importância (pior erro de sempre)...na 2ª quando fui ao ginásio estava a sentir a amígdala esquerda mesmo inchada e pedi ao meu "personal trainer" para ver, ele mal tocou disse logo que se sentia uma bola, como estava lá uma mulher a treinar que é enfermeira pude ter o diagnóstico: amigdalite, aconselhando-me a tomar Brufen de 8h em 8h.
A verdade é que todos os anos eu fico doente, não falha! Pode ser só uma vez, mas os vírus devem ter uma atracção qualquer por mim e, quer eu tenha cuidado quer não, o meu sistema imunitário acaba sempre por recebê-los de braços abertos (obrigadinha). O ano passado, por exemplo, estava eu em Trento quando isso aconteceu...precisamente há um ano atrás, passei mesmo muito mal com uma intoxicação alimentar; aí custou-me muito estar longe de casa, mas tive a sorte da Inês me fazer uma canjinha e um dos franceses com quem vivia ter tido a amabilidade de ir à farmácia comprar-me medicamentos.
Ah não me posso esquecer de referir outro facto das minhas doenças: vêm sempre nas piores alturas: aniversários (quando fiz 10 anos estava com 39 graus de febre), véspera de 1ª comunhão (a noite foi passada na Estefânia e levei uma injecção de penicilina), dia de Natal (enquanto a família foi para a missa eu fui até ao centro de saúde de Sintra, sem conseguir falar porque as amígdalas já se tocavam uma na outra, o que me provocava um enorme sofrimento) e claro...épocas de exame (em Trento foi na véspera da oral de Criminologia e agora vou ter exame no sábado).
Mas voltando ao que interessa, apesar de estar doente fui para a biblioteca das Galveias com a minha irmã e duas amigas nossas estudar, passei lá a tarde agarrada aos livros e à noite ainda fui ao jantar de aniversário da minha prima C. (facto engraçado: somos colegas de curso), que se prolongou até à meia-noite. Antes de me deitar tomei um Brufen, acreditando que ia melhorar...grande erro! Hoje acordei não com uma, mas com as duas amígdalas inchadas. Como não me podia dar ao luxo de piorar ainda mais, visto que tinha 3 dias até ao meu último exame, liguei logo ao nosso médico, expliquei-lhes os meus sintomas e ele disse-me o que eu devia tomar.
Pois é, em crianças queríamos era estar doentes para não irmos às aulas e ficarmos em casa o dia todo, enfiados na cama a ver televisão, enquanto que a nossa mãe nos apaparicava, já para não falar das visitas dos avós sempre de chocolate na mão! Hoje em dia a responsabilidade está acima da saúde, por isso mesmo que esteja doente tenho de arranjar energias nalgum lado para fazer o que me compete. Infelizmente tive de faltar ao babysitting, primeiro porque não podia sair de casa e apanhar frio, segundo porque não queria pegar nada às crianças.
Apesar de ter passado o dia em casa não foi na cama, mas sim sentadinha na mesa da sala agarrada ao livro de Direito Penal do Professor Germano, o mais engraçado é que estive concentrada durante 5h e o estudo até rendeu!
Por falar em estudar, eu odeio estudar à noite, quando tenho mais cabeça é durante o dia, mas a minha irmã é o oposto, aliás ela está neste momento no Técnico a queimar os seus neurónios, enquanto que eu estive a ver um episódio de «How I met your mother» para descontrair, entretanto descobri uma notícia que vou ter de lhe mostrar e que também deixo aqui para os que gostam de estudar à noite lerem.
«Vais estudar até tarde? A ementa pode ajudar!
O ritmo alucinante das sociedades contemporâneas obriga, por vezes, a passar noites “em claro”. Abdicar de dormir nunca é uma solução saudável, mas se a necessidade obrigar mesmo a isso, existem formas menos prejudiciais para a saúde de aguentar a privação de sono. A ementa pode ajudar.
Jantar bem antes de uma “directa” para aguentar a noite de estudo? Completamente errado. Antes de uma noite sem dormir, a refeição deve ser leve. “O processo digestivo envolve um grande gasto energético, assim, quanto mais comermos mais cansados vamos sentir-nos”, referiu, ao P3, a nutricionista Sílvia Pinhão.
O ideal é ingerir uma pequena dose de comida, optar por alimentos de fácil digestão, e por alimentos condimentados e enlatados, uma vez que estes possuem compostos estimulantes. Já as gorduras são desaconselhadas, pois “bloqueiam a absorção de serotonina, uma substância estimulante produzida no nosso sistema nervoso central”, acrescenta. Durante a noite, para um equilíbrio energético, é importante ir comendo pouco de cada vez. O chocolate pode ser uma opção, mas em pequenas quantidades. É preferível optar pela fruta, uma vez que o seu consumo se traduz num aumento gradual dos níveis de glicose, ao passo que os doces provocam um incremento significativo desses níveis, seguido de uma quebra acentuada. Esta variação resulta numa “dificuldade em estar atento”, explica a nutricionista.
Para beber, deve evitar-se o leite, rico em triptófano, um aminoácido indutor do sono. Já as substâncias com cafeína, como o próprio café, o chá preto, ou as bebidas energéticas, representam a solução mais eficaz para não “pregar olho”. A cafeína actua no nosso sistema nervoso central. Por um lado, bloqueia a recepção de adenosina, uma substância que provoca sono, diminuindo a actividade das células nervosas; por outro lado, aumenta a concentração de serotonina e dopamina, neurotransmissores que desencadeiam uma sensação de bem-estar.
Para evitar efeitos indesejados como agitação excessiva, ansiedade e palpitações cardíacas, há que ter moderação. “Um indivíduo de 70 kg consegue aguentar 4/5 cafés sem alterar muito o seu estado de saúde, a partir daí entra num ritmo que pode causar alguma toxicidade.” “A conjugação de café com as bebidas energéticas provoca um estado de ansiedade e stress exagerado”, alerta Sílvia Pinhão.
As opções alimentares devem ser complementadas com uma actividade física moderada (30 minutos a 1 hora de caminhada, por exemplo). Antes de uma noite sem dormir, é importante “não ficar completamente inactivo pois todo o metabolismo acaba por ficar mais lento e a tendência será ficar cansado facilmente”, refere a especialista.
No dia seguinte, para que o bem-estar se mantenha, devemos seguir as mesmas regras alimentares descritas até agora. E, claro, “dormir uma boa noite de sono”, apela a nutricionista.» Texto de Isabel Pereira/Projecto Ciência 2.0 • 18/01/2012 - 10:32, in http://p3.publico.pt/actualidade/ciencia
Comentários
quanto às directas, NUNCA consegui fazer! Fui obrigada uma vez por ser trabalho de grupo,mas no meu tempo não fazíamos as asneiras que muitos cometem hoje (que pode ser fatal!) de misturar red bull com café! Preparei para os meus colegas chocolate quente por um par de vezes. Às tantas íamos adormecendo sentados e acordávamos com a cotovelada do parceiro do lado. O pior é que no dia seguinte adormecemos no metro e só acordámos no fim da linha, quase não chegando a tempo da entrega do trabalho. Deram-me razão e nunca mais fizemos directa, "deitar cedo e cedo erguer, dá saúde e faz crescer"!