Desilusões da vida

  Porque é que caímos sempre nos mesmos erros? Porque é que insistimos em fazer algo que já sabemos que não vai resultar? Porque é que investimos em relações que no fundo sabemos que não valem a pena? Porque é que acreditamos que as pessoas vão mudar? Porque é que deixamos continuarem a magoar-nos? Porque é que apesar da mesma situação se repetir variadíssimas vezes continuamos sem aprender? Porque é que apesar de sabermos que o final já está escrito tentamos alterá-lo? Porque é que nos atiramos de cabeça sem antes ver se há rochas à nossa espera?
 Porque devemos ser positivos, porque não podemos deixar de tentar, porque é suposto acreditar que tudo vai correr bem, porque parar é morrer, porque há sempre algo melhor à nossa espera, porque se não acreditarmos no melhor das pessoas acabamos por não nos darmos com ninguém, porque se não cometermos aqueles erros não mudamos, porque algures pelo caminho a nossa história vai mudar, porque haveremos de ir encontrando gente pela qual vale a pena atirarmo-nos, porque gostamos de fazer  aos outros o que gostávamos que nos fizessem a nós (mesmo que continuem sem o fazer), porque temos de aprender que há relações nas quais vale a pena investir e noutras não...


 Antes que pensem que estou com algum desgosto de amor, enganam-se, a vida não é só desilusões amorosas, há muitas outras relações que fazem parte dela: as familiares, as amizades e as do trabalho. Portanto adaptem aquilo que acabaram de ler ao que mais vos convier, mas a verdade é que eu ao longo dos anos fui levando algumas facadas e mesmo assim parece que continuo sem aprender nada com elas, parece que apago as memórias com uma borracha bastante eficaz e volto a fazer tudo igualzinho, à espera que o resultado seja diferente...
 Se calhar a culpa está precisamente em mim, eu é que dou demasiada importância a pequenos pormenores que outros talvez não dêem, eu é que sou muito cuidadosa com as pessoas, eu é que avalio cada atitude que têm para comigo, eu é que faço logo juízos de valor, eu é que tenho demasiado cuidado a tratar os outros como gostaria que me tratassem a mim...
 Resumindo: as pessoas cada vez investem menos nas relações que deveriam investir, estão cada vez mais egoístas e só se lembram de alguém quando lhe é necessário para alguma coisa, não devia ser assim...aliás os bons amigos devem estar presentes sempre, nos bons e nos maus momentos, para tudo.

Comentários

Sofia Amaral M. disse…
Somos iguais, faço o mesmo mas NUNCA me arrependi de "bater nas rochas" a ponto de "abrir a cabeça"! Talvez o segredo esteja aí, de cabeça "aberta" as ideias refrescam-se e renovam-se, quando a pancada é maior sofremos de amnésia, assim não desistimos das nossas relações. Uma relação em que se investe é uma VERDADEIRA relação. Desistir é próprio dos fracos! A dor é uma prova de que vivemos intensamente.
Lady Me disse…
É tudo muito relativo, quando falamos de culpa, mas acho que no geral as pessoas estão mesmo muito egoístas e cada vez dão menos pelas relações com os outros. Penso muitas vezes nisso e tenho pena que assim seja, o meu mundo ideal não seria nada assim!
Lady Me disse…
E sim, claro que podes publicar o texto, também o vi noutro blogue ;)
Pois, infelizmente as pessoas estão a tornar-se uns "bichos" egocêntricos...cada vez mais acredito que se regem pelo lema «Cada um por si!»
Mas tal como a Borboleta disse: desistir é dos fracos e eu realmente não sou pessoa de desistir, por isso penso que continuarei a tentar investir e investir

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