Fui roubada, a um sábado às dez da manhã
Fui assaltada no sábado passado, às dez da manhã. Roubaram-me em plena luz do dia e numa zona que eu não sabia ser perigosa. Fui atirada ao chão e levei dois socos porque gritei. Levaram-me a carteira, mas felizmente não conseguiram mais nada porque os meus gritos atraíram a atenção de uns homens que me foram ajudar.
Uma vez que isto pode acontecer a mais pessoas peço-vos, principalmente às raparigas e às mulheres, que leiam com atenção, para isto não acontecer convosco.
Ia fazer a cobertura jornalística do iMed Conference, a decorrer na Reitoria da Universidade Nova de Lisboa. Pensava que ao sábado não havia parquímetro por isso fui de carro, andei às voltas à procura de lugar e, não tendo encontrado nenhum mais perto, fui estacionar na rua que dá para as traseiras da mesquita e para as traseiras do Teatro Aberto (R. Ramalho Ortigão).
Peguei nas minhas coisas todas e fui ao parquímetro, a máquina do lado onde eu tinha estacionado estava avariada, atravessei na passadeira para o outro lado e fui até à máquina. Assim que lá cheguei reparei que também estava fora de serviço e virei-me, para seguir caminho para a Reitoria. Mal me viro deparo-me com um homem com um ar louco, completamente alucinado, e mau, via-se nos olhos dele o que se preparava para me fazer.
Como tinha a carteira na mão (coisa parva, mas era para tirar as moedas para o parquímetro) ele agarrou logo nela. Nesse momento pensei «isto não me está a acontecer» e já não me recordo se comecei logo a gritar ou não, mas ele atirou-me violentamente para o chão. Pedi-lhe para me dar os meus documentos, mas ignorou o meu pedido, não falou. Como continuei a gritar (só queria que alguém me acudisse) deu-me dois socos na cara e puxou a minha mala (onde levava o computador portátil, a máquina fotográfica, o iphone, tudo).
Uns homens que estavam a trabalhar nas obras da mesquita ouviram os meus gritos e foram a correr socorrer-me, apontei para onde o homem tinha ido e disse-lhes que ele me tinha roubado. O sacana, ao vê-los, atirou a minha mala para o chão e uma rapariga que estava ali a passar agarrou-a. Por isso, levou-me a carteira (com dinheiro e documentos), mas não me conseguiu levar a mala.
Os homens e a rapariga voltaram para ao pé de mim, preocupados com o meu estado. Eu estava muito nervosa, não parava de chorar e quando me levantaram e me disseram para me sentar num muro vi que não conseguia, doía-me imenso o cócix.
A rapariga ligou para o meu pai e depois de ver que eu ficava bem com os homens foi-se embora. Eles foram ao café comprar-me uma garrafa de água e trouxeram-me um pacote de açúcar, queriam que eu me acalmasse.
Mal o meu pai chegou ligou para a polícia (como é óbvio, eu não tinha tido discernimento para me lembrar disso), dez minutos depois (se tanto) chegou um carro e logo a seguir outro. Pediram-me informações e pormenores sobre o homem, eu estava em estado de choque, mas consegui dizer-lhes como me chamava só que não sabia dizer quase nada sobre o assaltante.
Depois chegou uma ambulância e fui para o hospital Santa Maria. Fiz radiografias ao cócix e aos maxilares porque estava cheia de dores. Disseram-me que não tinha partido nada, mas que as dores no cócix eram igualmente más a se tivesse partido.
ATENÇÃO eram dez da manhã e numa zona que supostamente não é assim tão deserta quanto isso. Eu estava a ir ao parquímetro. Fui parva e tinha a carteira mesmo à mão. Quando forem ao parquímetro levem só as moedas necessárias.
Se estiverem numa zona sem ninguém olhem bem à vossa volta antes de saírem do carro, a mim não me teria servido de muito porque o homem devia estar escondido, mas se não tiverem pressa tentem sair assim que virem que há mais gente na rua.
Comentários
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Diogo Marques
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Infelizmente isso é daquelas coisas que não dá pra prever que vai acontecer, mas que dá para precaver... Vou ficar mais atenta!
Um beijinho e muita força*