Berlengas, um paraíso selvagem

 Apesar de ser segunda-feira e estar um calor horroroso, estou grata pelo fim-de-semana que tive. Fugimos do bafo quente da cidade no sábado de manhã, em direcção a Peniche.
 Tínhamos feito reserva para bilhetes de barco (no site da Viamar) para irmos conhecer as Berlengas e chegámos ao porto de Peniche mesmo a horas. Tomei um comprimido Vomidrine, pois várias pessoas tinham-me dito que era muito fácil enjoar, vesti um casaco porque estava vento frio e lá fomos nós. A viagem durou cerca de 40 minutos e admito que foi muito agressiva. O barco vai contra as ondas, por isso sobe-as e depois cai, abana para os lados…e há pessoas à nossa volta a vomitar. De qualquer forma conseguimos aguentar-nos!


 O dia nas Berlengas foi espectacular, passado a explorar aquela ilha, um paraíso selvagem a seis milhas do Cabo Carvoeiro. Mal chegámos fomos deitar-nos na praia (só há uma e é pequena, por isso quando o barco chega fica cheia!), para ver se a indisposição da viagem acalmava. Demos um mergulho naquelas águas cristalinas (nem parece que estamos em Portugal) e, já recuperados, fomos almoçar à esplanada do café. Infelizmente não tínhamos tido tempo para preparar nem comprar nada (os bilhetes têm de ser levantados meia hora antes da partida e a viagem para Peniche dura 1h10), por isso tivemos de gastar dinheiro a comer. Ainda por cima tínhamos pouco dinheiro porque a Viamar não tem multibanco e cada bilhete custou 20€. Resultado: tínhamos apenas uns trocos e muita fome, mas lá conseguimos comer por 12€ (um hambúrguer e uma bifana no pão, acompanhados por uma dose de batatas fritas).
 O que não sabíamos é que dava para alugar canoas, kits de snorkeling ou pagar para se fazer uma viagem de barco pelas grutas. Como só nos sobrou 4€ do almoço não pudemos fazer nada disso. Mas não deixámos de aproveitar a ilha e fomos passear. Caminhámos até ao cimo da ilha, onde se pode admirar o Farol Duque de Bragança, e depois descemos até ao Forte de São João Baptista, onde existe um antigo mosteiro do séc. XVI.


 Ao final do dia voltámos para Peniche e, felizmente, a viagem foi muito melhor! Como para regressar o barco vai na direcção das ondas (e não contra elas) é um trajecto mais calmo. Assim que chegámos a terra firme fomos fazer o check-in no hotel (Soleil Peniche), arranjámo-nos e saímos para jantar. Fomos ao restaurante “Popular” e comemos muitíssimo bem!

 No domingo passámos a manhã na piscina do hotel (estava demasiado vento para irmos para a praia) e depois tentámos ir almoçar a um restaurante na praia da Conceição, mas como estava muito cheio e não tinha lugares acabámos por ir almoçar ao restaurante do dia anterior (sabíamos que era uma aposta segura). Já de barriga cheia fomos passear até ao Cabo Carvoeiro, o cabo mais ocidental da costa continental portuguesa. 


 Quando voltámos para Lisboa ainda fomos ao cinema, para fugirmos ao calor, ver a comédia "Central de Inteligência". 

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