Não foi um sonho, somos campeões europeus

  Já é quinta-feira, mas ainda se fala no Euro. A caminho do trabalho venho a ouvir rádio e nos programas da manhã o tema continua a ser a nossa vitória de domingo e a azia com que os franceses ficaram por terem perdido contra nós. E como este é um momento que vai ficar para a história fazem-se gifs no Facebook, partilham-se fotografias e vídeos do jogo, a recordar a lesão do nosso capitão Cristiano Ronaldo, as lágrimas dele e de tantos portugueses, as defesas espectaculares que Rui Patrício fez, a entrada de Quarema que agarra pelo pescoço um jogador francês e o golo inesperado de Eder, já no fim do prolongamento, que nos deu a vitória.
  Ao contrário dos outros jogos do Euro, este último comecei por ver no Futebol Park da Alameda, com um grupo de amigos com quem ainda não tinha visto nenhum jogo. Ao intervalo decidimos mudar (contra minha vontade) porque os rapazes não estavam muito confortáveis e fomos para minha casa e do Luís. Pensei que a emoção não seria tanta como na Alameda (rodeados de centenas de pessoas), mas enganei-me. Vimos o resto do jogo com o coração nas mãos, a agradecer por o único remate que o Patrício não estava no sítio certo para defender ter ido parar ao poste, a rezar por um golo e, por fim, a chorar por Portugal ter vencido.
  Gritámos, saltámos, abraçámo-nos e por fim brindámos. Vamos recordar para sempre este momento. Tal como recordamos a final do Euro 2004, que perdemos em casa, contra a Grécia. Eu tinha a idade que os meus primos têm agora: 13 anos, mas vibrei imenso com o campeonato, talvez por ser cá em Portugal, e este ano voltei novamente a acompanhar todos os jogos, variando sempre as pessoas com quem os via. No dia a seguir a termos ganho o título de Campeões da Europa enviei uma mensagem aos meus primos, a dizer-lhes para aproveitarem e desfrutarem desta conquista inesquecível, que mostra a perseverança que os Portugueses têm. 



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