Quando nos apercebemos que as férias "grandes" deixaram de ser "grandes"
Está a terminar mais um mês e eu continuo a contar os
dias que faltam para ir de férias (apenas 20 dias de trabalho!), recordando o
tempo em que tinha férias “grandes”.
Eu e os meus irmãos tivemos a sorte de a nossa mãe
ter escolhido uma profissão que a permitisse passar muito tempo connosco, sendo
professora conseguia passar as férias quase todas connosco e levava-nos sempre
para Sintra, tirando-nos do calor e da poluição da cidade. Quando o nosso pai
também entrava de férias partíamos rumo ao Algarve e ficávamos por lá duas
semanas. Lembro-me dos dias na praia, com muitos banhos no mar e construções na
areia; lembro-me das brincadeiras no jardim e das idas à piscina. Lembro-me de
jogar ao prego ou às cartas, lembro-me de os meus pais nos obrigarem a dormir a
sesta, lembro-me de ir aos escorregas de água da Praia da Rocha, lembro-me de
passear de bicicleta… Que bons eram esses tempos que não tinha de me preocupar
com nada e que as férias eram grandes, com dois ou três meses longe de obrigações e tarefas.
A última vez que passei férias com os meus pais já
foi há mais de 4 ou 5 anos. Agora cada um vai para seu lado e tem os seus
programas. Este ano eles vão conhecer a Irlanda (chegaram lá ontem) e eu,
depois de passar os meses mais quentes a trabalhar, vou até à Grécia com o
Luís. Até lá vou aproveitando ao máximo os fins-de-semana, tentando fugir
(sempre que possível) da cidade, desligando-me totalmente da rotina e do
trabalho. Felizmente tenho feito programas e passeios de fim-de-semana
espectaculares e para Agosto já tenho mais uns quantos planeados.
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