À descoberta de Berlim
No nosso segundo dia em Berlim deixámo-nos dormir até tarde para recuperar as horas de sono perdidas no dia anterior, depois fomos até Potsdamer Platz comprar um bilhete de dois dias para o autocarro turístico, que nos tinha sido aconselhado por várias pessoas.
Saímos no Checkpoint Charlie, o posto de controlo americano. Aquela era a principal porta de acesso entre as duas metades da cidade para os Aliados, não alemães e diplomatas de 1961 a 1990. Tem uma guarita do exército dos EUA e uma réplica da placa que advertia "Você está a abandonar o sector americano".
Decidimos entrar no museu mesmo ao lado, que explicava os anos de Guerra Fria, realçando a história do Muro de Berlim. É um museu repleto de coisas para se ver e ler, mas estava cheio de gente e toda aquela confusão dificulta a visualização de tudo, além de que não tinha uma ordem dos acontecimentos. A parte que mais gostei foi de ver os exemplos de alguns cidadãos da RDA que tentaram passar para o Oeste de formas variadas e originais: compartimentos ocultos em carros, balões de ar quente, submarino de um lugar...
Almoçámos numas barraquinhas de rua mesmo ali em frente, experimentámos a típica currywurst e adorámos. Foi um almoço bom e barato.
Voltámos a apanhar o autocarro turístico e saímos na Ilha dos Museus. Fomos directos à Catedral, mas descobrimos que nesse dia não havia visitas...talvez por ser sexta-feira santa.
Como um dos museus que nos tinham aconselhado, o Pergamon Museum, era mesmo ao lado fomos até lá, mas também batemos com o nariz na porta...não por estar fechada, mas porque os bilhetes já tinham esgotado. Felizmente dava para comprar logo para o dia seguinte, com hora marcada, e foi o que fizemos.
Passeámos um bocado pelos jardins dos museus e depois seguimos para a Torre da Televisão. Esperámos meia hora na fila para comprar bilhete e depois tivemos de aguardar mais...duas horas! Como tínhamos de fazer tempo fomos dar uma volta pela Alexander Platz, onde estava a haver uma feira.
Por volta das 20h30 vimos, finalmente, o nosso número no ecrã e fomos para a fila do elevador. A subida foi rapidíssima e ao chegarmos lá acima vimos que estava imensa gente. Demos uma volta, mas como já estava de noite nem sequer deu para tirarmos fotografias de jeito. Ficámos um bocado desiludidos porque pagámos 13€ e esperámos 2h30 para estarmos lá em cima apenas dez minutos rodeados de pessoas.
Como descemos da Torre às nove da noite já não tivemos tempo de ir a um supermercado comprar coisas para o jantar, já para não falar que nem sabíamos se estaria aberto por causa do feriado, por isso apanhámos o metro em direcção à nossa zona e fomos a um restaurante italiano mesmo na nossa rua: Kreuzbergstrasse.
Chamava-se "+39" e adorámos! Eu pedi um prato de gnochi com bacon e espargos brancos, ele pediu uma massa com pedaços de vitela, tanto um como outro eram deliciosos. Assim terminámos um dia cheio de azares com uma refeição óptima.
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