Luz Houses, um refúgio romântico

 Gostamos de celebrar as datas especiais e sempre que fazemos anos de namoro festejamos em grande. Ele levou-me a jantar fora, ao Marginalíssimo, e eu ofereci-lhe um fim-de-semana fora, na Luz Houses, a cinco minutos do Santuário de Fátima.
 Partimos sábado de manhã em direcção à Nazaré, onde passeámos até ao farol, admirámos as ondas grandes, observámos as nazarenas com as suas sete saias e comprámos recordações úteis: um poncho para mim e um casaco para ele, feitos pelas nazarenas. Fizemos um piquenique na praia e depois seguimos para Alcobaça, onde comemos a sobremesa: os deliciosos pastéis de nata da pastelaria Alcôa, com vista para o mosteiro.




 Quando o sol se começou a pôr fomos até ao nosso destino final: Luz Houses, um refúgio que recebe os hóspedes de coração aberto, com pessoas simpáticas e sorridentes e um chá. Enquanto tratavam do nosso check-in esperámos na sala de convívio da “Mãe Casa”, onde nos foi servido um tabuleiro com chá de frutos vermelhos e umas bolachinhas caseiras. Depois de tudo tratado fomos descobrir aquela aldeia, envolvida no meio de árvores e que nos faz logo desligar do corrupio da cidade. Além de uma ermida (dedicada à meditação) e de uma cisterna centenária, há também um abrigo de ovelhas, que são muito amigáveis e gostam de receber festinhas.





 Os diferentes quartos aglomeram-se em três blocos e são inspirados no passado. Nós ficámos nos que remontam a finais do século XIX, com alpendres de lajes, ora com dois blocos em triângulo a estreitar a entrada, ora uma laje embicada noutras duas, ladeadas por janelas minúsculas. Entrando no quarto a primeira coisa que se vê é a cama, que se encontra no centro, sendo necessário subir um degrau para a alcançar. Cada recanto emana luxo revestido de simplicidade, onde o rústico e o moderno se encaixam em harmonia, havendo um conforto que nos faz sentir em casa, através de pequenos pormenores, como as mantas deixadas no quarto, a mensagem de boas-vindas escrita pelos donos e os grandes robes deixados à disposição. Para mim, a única falha é a casa-de-banho ter duche em vez de banheira.




 Depois de nos instalarmos e descansarmos um bocado fomos à recepção pedir conselhos de sítios para irmos jantar e a rapariga foi tão prestável que não só nos indicou um restaurante, como também ligou para lá a confirmar que havia mesa e a marcar. Saímos logo e em minutos estávamos n’ OCrispim a deleitar-nos com uma deliciosa refeição. Ficámos impressionados porque comemos muitíssimo bem e o preço foi mesmo barato.
 Após uma noite bem dormida (o colchão era óptimo) tivemos direito a um super pequeno-almoço, provavelmente dos melhores que já comemos! Era tanta coisa à disposição que foi difícil escolher o que colocar no prato: quatro tipos de pão, compotas tradicionais, mel, três tipos de sumos naturais (escolhi o de manga), frutas variadas, granola, croissants e bolinhos caseiros, vários tipos de queijos e charcutaria (incluindo fiambre de peru), tomates cherry, cogumelos salteados e frutos secos. E além do que está à vista, ainda se pode pedir panquecas, batidos e ovos mexidos. Claro que nós pedimos tudo isso, mas infelizmente as panquecas vieram queimadas (uma delas estava preta e foi impossível comer). De resto achámos perfeito, não só graças à variedade como à qualidade. Já para não falar que mesmo sendo intolerante à lactose pude beber leite, pois têm leite de aveia.





Já de barriga cheia arrumámos as coisas, despedimo-nos das queridas ovelhas e saímos em direcção à Serra Mira d’Aire, visitar o Monumento Natural das Pegadas de Dinossáurio de Ourém. Depois de uma hora a caminhar e a ver pegadas seguimos para as Grutas de Mira d’Aire, que adorámos! Foram 11km de pura contemplação de um fenómeno da natureza que deixa qualquer um boquiaberto.



No final da visita tivemos de nos fazer à estrada e regressar a Lisboa, mas felizes com o fim-de-semana fantástico que tivemos.

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