A escravatura e o cinema
Neste momento encontram-se dois filmes no cinema que
têm como tema principal a escravidão, mas que o abordam de formas completamente
diferentes. Já adivinharam quais são? Ora de certeza que acertaram: Django Libertado e Lincoln. Ambos se desenrolam em torno da questão da existência de
escravos, a forma como são tratados e a sua luta pela igualdade.
No
primeiro, Django é um escravo comprado por um homem que necessita da sua ajuda
para executar uma tarefa específica. Mais tarde esse homem decide libertá-lo e ajudá-lo a encontrar a sua mulher, também ela escrava. Para a conseguirem salvar
vão elaborar um esquema que os vai permitir ter acesso à propriedade Candyland,
onde os escravos são treinados a lutarem entre si por desporto e até à morte. No
entanto o seu plano vai ser descoberto pelo fiel mordomo do proprietário, que
apesar de ser negro não pretende facilitar-lhes a vida, aí tudo se vai
complicar e muito sangue vai ser derramado.
Portanto
se gostam de filmes violentos, com muita acção e imagens chocantes, ou seja os típicos de Tarantino, de certeza
que este será do vosso agrado, é intenso e brutal conseguindo prender-nos a
atenção do início ao fim. Mas se se impressionam facilmente e não simpatizam
com tirania e opressão, não sei até que ponto será este uma boa opção.
No
entanto se preferem um filme mais pacífico e com um teor histórico então Lincoln deverá ser a vossa escolha.
Atenção, apesar de se passar durante a Guerra Civil Americana não esperem cenas
violentas nem nada do género. Digamos que é bem mais calmo que o Django, focando-se num facto político
que revolucionou a História: a assinatura da 13ª Emenda da Constituição dos EUA
abolindo a escravatura. Houve quem o considerasse banalíssimo e quem até
tivesse adormecido, mas sinceramente acho que foi por estarem à espera de algo
diferente.
Uma
vez que gosto de me aculturar através de um bom filme em vez de ter de me
agarrar a livros aborrecidos de história gostei bastante do filme, só que não compreendo o porquê de estar nomeado para 12 Óscares pois não o considerei nada de excepcional.
Dito
isto é engraçado pensar que hoje em dia o presidente dos EUA é negro.
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